O Lobo e a Lua - Ensaios Poéticos

Friday, August 05, 2005

À Minha Amada

A noite quando os carros estão estacionados
E a cidade dorme,
Eu estou na frente de um computador
E ela dorme.

Ela, a cidade, dorme
A noite quando os carros estão estacionados.
Ela dorme
E eu estou na frente de um computador.

Sem propósito, de propósito,
Eu brinco com as palavras.
O que surge
É uma declaração sem propósito.

De propósito, eu brinco com as palavras.
Ela surge.
E as palavras sem propósito,
Uma declaração.

Vai ver eu a amo
E à noite velo seu sono.
A cidade, que à noite dorme.

Amo velar seu sono doce e puro,
Puro e doce, a tentação que ela representa.
Sonhar com ela, amá-la, ela, doce e pura,
A tentação que um sonho apresenta.

E enquanto a grande máquina da cidade
dorme enquanto carros estão estacionados
e ela dorme e eu sonho,
o mundo caminha com passos firmes.

Com passos firmes o mundo caminha,
ela dorme,
eu sonho,
o tempo passa.

O tempo passa.
Eu sonho com ela.
Eu a amo
e amo sua boca doce
e amo seu jeito puro.

Eu a amo. E ponto final.

---

Ainda estou relendo esta poesia / texto / poema / ensaio / rascunho / [...]. Chame do que quiser. Eu fiz agora. Ainda não pensei em um nome. Ainda não tenho musa. Mas tenho um propósito. E tenho um sono. E a cidade dorme. Ela também.

Um dia, quem sabe um dia?!?, ela irá ler isso aqui. Ela, a musa que eu ainda não tenho. A cidade que dorme com os carros estacionados. É preciso ligar os motores e ir à luta. A luta pelo amor. A luta pela vida. A vida que começa e termina. Com direito a ponto final.